quarta-feira, 14 de março de 2012

Eu e o espelho.





Obrigado pela dor, pois sei que ela não durará pra sempre como seu arrependimento de me fazer senti-la. 
Deixe eu me afundar mais, em choro e pranto; afinal você nem se importa mesmo.
 Pise e esmague meu coração, mas também, beba o sangue amargo e sinta toda minha dor. 
Depois vá, não me ajude a levantar, eu saberei fazer isso sozinha.


 Por fora, pareço bem, mas por dentro sou como cacos de espelho: frágil, iludida e sem conseguir encarar mais a ninguém.
Esse espelho a quem me comparo já chora junto comigo.
Lamenta minha dor. Quer ver novamente a menina doce e apaixonada.
Mas será impossível retê-la depois de tanto estrago e decepção.
Como o espelho depois de quebrado: você pode tentar colar, mas sua imagem refletida nele não será mais a mesma.
Essa sou eu agora, vendo o lápis escorrer junto com as minhas lágrimas. Lavarei você meu espelho. 
Espelho, espelho meu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário