quinta-feira, 15 de março de 2012

A morte da minha alma



Não penso em deixar as poucas pessoas que me amam, tristes.
Não quero causar um vazio.
Não quero ver, sem ser vista. Ver toda a dor e sofrimento que eu poderia não ter causado.
Apenas acho que a vida já se tornou insignificante para alguém que já sabe que tudo isso não passa de um teste psicologicamente incorreto.
Não me entenda mal, por favor. Não quero tirar-me a vida. Quero tirar essa dor mascarante que me possui.
Talvez todos passem por isso um dia, agente sempre se cansa do óbvio.
Estamos aqui para viver alegrias e tristezas. Alegrias e tristezas, tristezas e alegrias. Como diz meu professor de matemática, assim como os números isso segue sucessivamente.
Até encontrar-mos o refúgio de paz. Ou talvez a dor que nos levará a morte.
Me encontro agora no estágio de tortura da alma, de pertubação mental, de lembranças cruéis, das lágrimas salgadas e das noites não dormidas pelo fato de minha mente estar sendo manipulada.
Mas por que me encontro aqui? 
-Todo meu estado de alegria foi gasto na infância. Agora só resta a amargura da vida cortante e sem piedade
Agora contra minha vontade me descabelo e sofro novamente o que me passou a dias atrás, a humilhação e falta de coragem para encarar tudo isso e mais um pouco de cabeça erguida.
Mas o que posso fazer? Sou frágil e de alma amargurada e morta.
Fria, admiro o céu cinza enquanto o outono em forma de folhas caem e me banham com a brisa tranquila.
E é assim que a morte da alma é executada, em paz e ao som de um piano de calda.


O sangue se despede do meu corpo. As lágrimas lavam o sangue. E assim sucessivamente. 

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